Drunk In Love gera polêmica

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“Drunk In Love”, a canção apresentada por Beyoncé e Jay Z no 56º Grammy Awards, está envolta em uma polêmica que, segundo alguns, contradiz ao que a cantora sempre trouxe em seu trabalho: a feminilidade!


“BEYONCÉ”, pra quem não sabe, é o quinto álbum de estúdio da cantora e foi lançado (sem nenhum aviso prévio) na madrugada do dia 13 de Dezembro de 2013, direto no iTunes. O cd autointitulado ficou em primeiro em quase todo mundo, na sua plataforma digital. “The Visual Album” (“O Álbum Visual”, tradução literal), como é conhecido, contém 14 músicas inéditas e 17 (sim, 17!) clipes, também inéditos. Duas músicas do trabalho ganharam um pequeno clipe introdutório e os fãs da Diva também foram presenteados com um vídeo bônus: “Grown Woman”, faixa já conhecida por ser a música da campanha conjunta da Beyoncé com a Pepsi, alguns meses atrás, ganhou um clipe.

Mas o que se quer mostrar nessa matéria é a polêmica que uma das canções está gerando. Beyoncé sempre foi conhecida por seu feminismo. Seu trabalho, suas músicas, sua ‘pessoa’ sempre defendeu a mulher. “Run The World (Girls)” é um exemplo de música referente a esse tema. Pois então, num verso de “Drunk In Love”, cantada pelo rapper Jay Z, é dito o seguinte: “I’m Ike Turner, turn up/Baby know I don’t play, now eat the cake, Anna Mae/Said eat the cake, Anna Mae!”. Essa parte é uma referência explícita ao filme-biografia de Tina Turner.


Na referida cena do filme “What’s Love Got Do To With It?”, o marido da cantora a obriga a comer um pedaço de bolo dizendo “now eat the cake, Anne Mae” (“coma o bolo, Anne Mae”, tradução literal). Ela se recusa e ele a agride.


Jay Z e Beyoncé cantaram em alto em bom tom, juntos, essa parte durante sua apresentação no Grammy, com muitos artistas que com certeza sabiam dessa história. Mas, enfim, chegando ao ponto da questão, uma rádio britânica decidiu reeditar a canção, tirando o citado verso dela por acreditar ser ofensivo. A rádio também publicou uma nota em relação a esse acontecimento. Esse verso é o X da questão. “Beyoncé, uma feminista declarada, deixa em uma de suas músicas um verso sobre agressão contra a mulher”.

INTERPRETAÇÃO! Como a Beyoncé não se pronunciou oficialmente ainda sobre esse acontecimento e esse “verso”, vai do ponto de interpretação de cada um. Vamos desenvolver: “Drunk In Love” fala sobre as extravagâncias do amor, relacionamentos abusivos. A música faz várias referências, não só ao caso Ike/Tina, mas também a Mike Tyson, em um ano que o lutador foi acusado de estupro. Sofrimento e amor, um relacionamento em que, entre outras palavras, “se apanha mas não quer se separar”. Em acordo com Vinícius Martins, “a música é justamente sobre isso... Sobre amor abusivo.. E o quanto a pessoa fica viciada nele e ele te suga loucamente e os demais vícios que ele traz para você.. A relação de dependência que ele gera.. Motivo pelo qual muitas mulheres, inclusive a Tina, se mantém ou mantiveram embebecidas nestes relacionamentos.. Sendo certo que muitas enxergam o ritual do abuso (espancamento, estupro..) como uma prática que as purifica, por se auto condenarem por simplesmente existir.. A música só mostra como isso se passa na cabeça de uma mulher... ‘I've been drinking, I've been drinking; I get filthy when that liquor gets into me; I've been thinking, I've been thinking; Why can't I keep my fingers off you, baby? I want you, na na’.”

Muitas pessoas estão tirando conclusões precipitadas, sem procurar entender o contexto em que a Beyoncé quis colocar a música. Não se deve analisar somente um verso, mas sim a música toda.

FONTE: Update Or Die (a citação de Vinícius, utilizada na matéria, foi retirada de um comentário na publicação sobre esse assunto no site utilizado como fonte. Caso o autor não permita que suas palavras sejam publicadas, entre em contato através do Twitter: @realqueenbey)


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